Nesta semana Romeu Tuma Jr. foi ao Rio de Janeiro lançar o livro (escrito em parceria com o jornalista Claudio Tognolli) Assassinato de Reputações: um crime de Estado, de 557 páginas, pela Topbooks, que já teve vendido mais de sessenta mil exemplares vendidos desde fins de 2013, quando chegou às livrarias. O autor do livro, policial com 35 anos de serviço público, chefiou a Secretaria Nacional de Justiça de 2007 a 2010, durante a presidência de Lula, tendo sido afastado por supostas ligações com a então chamada mafia chinesa em São Paulo. No livro demonstra ter sido alvo de uma campanha orquestrada contra a sua reputação ativada pelas conclusões a que chegara na investigação do assassinato do prefeito Celso Daniel e por ter se revelado um obstáculo à aproximação entre o PT e o banqueiro Daniel Dantas (do Opportunity) em razão do combate que vinha promovendo contra tais esquemas de corrupção. No livro também indica o “caminho das pedras” ao promover diversas denúncias: a fábrica de dossiês forjados para prejudicar adversários, a instrumentalização político-partidária da Polícia Federal, a proximidade de Lula dos governos militares e de servir ao DOPS como informante, entre outras.
Surpreende-me a falta de repercussão das denúnicas do livro na grande imprensa. É tudo, de fato, muito grave. Jornais impressos e televisivos, nada! Nenhuma reportagem. Era pra ter tomado conta deste país. Parecem dois mundos: o que faz o livro “bombar” e o que nem se dá conta de sua existência. Não se comunicam. Dois países, dois brasis, cada um em um mundo e entre eles, completamente distantes um do outro, uma distância de anos-luz.
E compreende-se a razão dos acólitos palacianos desejarem retirar Augusto Nunes do Roda Viva: afinal conseguem domesticar a grande imprensa privada mas, na tv pública ainda se resiste e se vê laivos de independência e altivez, “tamanha contradição exige sumário disciplinamento” devem pensar com os seus botões.
Que essa entrevista seja mais vista e nos acorde para o que vem acontecendo em nosso país.
Durante o Governo do Presidente Figueiredo (1979-85) – “Lula é levado preso para o Dops, em meio à greve de 1980 no ABC”: aos 34 anos, um preso político sem algema, fumando, bem acomodado na poltrona de trás, janela aberta. “O Dops tratava bem seus alcaguetes no movimento sindical” (www.polibiobraga.com.br).
Nas livrarias? Está bem difícil, o mesmo se ouve e lê de norte a sul do país. Dou um doce a quem descobrir o porquê. O fato é que em virtude desta dificuldade e da grande procura, o livro passou a estar disponível para adquirir em versão eletrônica (e-book): basta clicar na imagem do livro ao lado e será redirecionado para a página onde poderá obtê-lo.
Do mundo para eu e você, de nós para o mundo: ver, ouvir, falar, trocar ideias e opiniões, testemunhar, ser e encontrar, construir pontes e firmar relações, tocar o infinito, o que mais se pode querer!